Se conselho fosse bom... | |||||||
:: 30.6.05
Uma das coisas que tenho aprendido por aqui é que não vale a pena
levar tudo tão à sério e, também, a rir um pouco mais de mim e das
coisas que não dão tão certo. Não adianta me descabelar, ficar nervosa
e com dor-de-estômago porque isso só piora a situação e
complicam ainda mais na hora de solucionar os problemas.
Cada coisa
tem sua hora e tenho tentado aproveitar os poucos momentos que me
sobram para me dedicar a coisas que me fazem bem: uma leitura
agradável, minhas músicas e sonhar (literalmente!). As moças do 02
neurônio têm me acompanhado na mochila desde o Dia dos Namorados e o
Manual da Mulher Superior tem rendido boas risadas nas idas e vindas
de ônibus -- às vezes devem ter certeza de que sou louca. Nando Reis,
Killers, Beach Boys e Wonkavision dão um colorido às manhãs e tardes
cinzentas, enquanto me desligo das milhares de coisas que ficaram por
fazer no trabalho. E as minhas horas de sono nunca me fizeram tão bem
(e compensam até o sacrifício na hora de acordar!). Enfim, tenho
tentado aproveitar da melhor forma as oportunidades que me aparecem
sem me preocupar muito com o amanhã. Porque, afinal, são as
dores-de-cabeça e as horas acumuladas no escritório que patrocinam
meus CDs, livros e almoços especiais. Conforme prometido, volto para dividir algumas das dicas que ajudaram a me iniciar na arte culinária. A primeira delas é acreditar que o fogão não é um monstro de 4 bocas famintas para te devorar e que não é um mistério brincar de químico e combinar harmonicamente os ingredientes. Mas, antes de copiar a receita da vó e vestir o avental, sugiro uma lida no Glossário Básico que eu preparei. Depois, passeie pelas dicas e, por fim, explore a comunidade Fast Food, onde você encontra receitas super fáceis e muito gostosas. O mais difícil é começar. Com o tempo você vai pegando o jeito e logo já vai estar inventando seus próprios quitutes. Se você, como eu, não agüenta viver por muito tempo à base somente de toddynho, bolachas e comida em pó, uma solução relativamente simples é
ter sempre em casa um "Kit Básico Culinário". Trata-se apenas de
alguns itens que devem estar sempre à disposição para quando alguém
inventa um jantar na sua casa e evitar que aquela fome te pegue de
surpresa. Com esses ingredientes e algumas poucas noções de culinária,
qualquer um consegue se virar bem na cozinha. (Mas é óbvio que o kit
não substitui completamente os pães de queijo congelados e os nuggets,
que também devem aparecer na listinha do supermercado para eventuais
emergências.) . 1 potinho de margarina (às vezes compensa comprar uma embalagem
maior e dividir com o vizinho ou o colega de trabalho) Aguarde os próximos posts com algumas dicas de pratos super rápidos e
muito fáceis de fazer com esses ingredientes e não tenha dúvidas de
que você vai conseguir impressionar qualquer um com seus dotes
culinários. Dirversão, em São Paulo, é o que não falta. Tem programa para todos os gostos e bolsos, é só decidir o que quer fazer e encontrar uma alternativa que se encaixe no seu orçamento: uma volta no shopping, um cineminha, shows dos mais diversos, exposições, caminhadas ao ar livre e até um passeio pelos pontos turísticos da cidade. Se você, como eu, prefere um programa cultural e, de preferência, baratinho, uma boa opção é estar sempre atento à programação do SESI, dos SESCs e dos Centros Culturais: sempre tem alguma coisa interessante e não muito cara ou, quem sabe, gratuita que vale a pena conferir. O único problema é que geralmente existe uma fila considerável na porta desses eventos de graça, o que pode significar mais de duas horas de espera. Mas se, para você, tempo não é dinheiro, providencie uma boa companhia, separe um bom livro ou leve o discman com seus CDs preferidos para se distrair enquanto aguarda. E o dinheiro que você economizou, ainda pode virar um jantar um pouquinho melhor naquela lanchonete meio carinha ou num restaurante mais legal. Outra sugestão, são as "feiras" que acontecem em todo canto da cidade e onde você encontra presentes especiais, enfeites super legais e coisinhas bonitinhas (e, quase sempre, com um preço legal). É indispensável conhecer pelo menos a da Benedito Calixto (todos os sábados na praça e, aos domingos, no shopping Center 3 na Paulista) e a de antiguidades que acontece no MASP aos domingos. Clique em um dos links abaixo e programe o seu fim de semana sem gastar muito: Teatro Popular do Sesi / Galeria de Arte do Sesi Acredite, não há nada melhor que o CD dos Wonkas no discman enquanto você segue para o trabalho em uma sexta que promete ser a pior do mundo. Nem a manhã cinzenta resiste à alegria das melodias e resolve mandar as nuvens embora para dar espaço ao sol. E, como mágica, tudo começa a entrar nos eixos e as dores de cabeça que você previa se transformam em sexta-feira feliz, festa junina e, finalmente, um fretado para casa às 17h35, pontualmente! Bom fim de semana para quem fica. Viver sozinho na cidade grande não é fácil. Ainda mais quando se está sem família para dar colo quando a barra pesa, sem mãe para fazer comidinha
gostosa e deixar a roupa cheirosa e passada ou pai para levar para a aula e buscar quando a chuva aperta. E se, para ajudar, ainda tem um monte de coisas para fazer no trabalho e milhares de problemas dos outros para resolver, a situação é muito pior. A gente fica cansado, se estressa fácil e nem tem tempo para pensar nas pendências domésticas. Porque, além de enfrentar isso tudo, a gente também descobre que papel higiênico não brota no banheiro e detergente não aparece no armário quando a gente
precisa. Uma boa alternativa para isso é unir o útil ao agradável. Sabe aquela vontade de passear no shopping e torrar a grana que você ainda não recebeu que aparece quando menos se espera? Pois reserve algum tempo na sua agenda para isso, prepare uma listinha com o que está em falta na casa (estou falando de comida e produtos de limpeza, por exemplo não vale incluir uma calça nova ou o CD da sua banda favorita) e dedique-se a uma loooonga volta no supermercado (sugiro que dê
preferência àquele menorzinho, que fica perto de casa, onde é bem menos provável encontrar tentações que vemos nas grandes redes). Garanto que o passeio ajuda a matar a vontade de comprar qualquer coisa que apareça na sua frente só para aliviar o estresse e ainda evita a dor-de-cabeça quando aquela fome aparece e você não tem nada em casa para comer. Se eu pudesse deixar um só conselho para as gerações futuras ele seria: use luvas acolchoadas.
|