:: 16.9.05 A semana toda ficou para trás, ela tem trabalhado demais
Tenho trabalhado muito, o tempo voa e eu nem percebo a semana passar. Mas não vou reclamar, não. Porque cada vez mais tenho tido oportunidade de mostrar o que eu sei fazer e de fazer aquilo que gosto. Afinal de contas, entre tantos dias movimentados e corridos, ainda me sobram os fins de semana. E eu gosto cada vez mais dessa vida na cidade grande, pertinho de tudo o que eu gosto e, melhor ainda, ao lado de pessoas mais que queridas. :: confessado às 19:02 | agora é sua vez []
:: 9.9.05 Uma nova fase
Além de ter que aceitar que ainda não é o momento de realizar o sonho de ter um espaço só meu e com a minha cara, a idéia de conviver com tanta gente desconhecida assusta um pouco.
No começo é tudo muito estranho. Mas eu acho que, aos poucos, eu vou me acostumando a essa nova fase e a todas as regras lá da casa da Dona Marilene. Afinal, elas são necessárias para quem vive em um espaço comum: cada moça tem suas coisas, seu espaço e sua privacidade -- dentro do possível. E nenhuma deve se preocupar com que é da outra, para evitar confusões e atritos.
Sujou, limpe. Usou, guarde. Molhou, enxugue. Faça silêncio. Não deixe a toalha molhada no quarto. Nem deixe cabelos pelo chão. Não largue suas coisas pela casa. Não exagere nas compras para que as outras não fiquem sem espaço na geladeira. Não desperdice água e energia elétrica. Pensando bem, não é nada tão absurdo assim -- quem tem mãe já deve estar cansado de ouvir essas frases...
Até agora, acho que o único inconveniente de morar lá é ter de estar em casa até a meia-noite, quando a porta é fechada com chave e com uma tranca daquelas enormes, como as de contos de fadas. Ninguém entra e ninguém sai até as 6 horas da manhã. Pelo menos não estou morando naquela outra casa em que a dona parecia a bruxa de João e Maria -- aí sim isso poderia ser um sério problema!
:: se conselho fosse bom...
...não tiraria nunca o guarda-chuva da bolsa. Levaria um casaco pra não pegar friagem. Olharia para os dois lados antes de atravessar. Pensaria três vezes antes de fazer besteira. Não me interessaria pelo namorado da melhor amiga. Não iria à festa do ano sozinha. Não tomaria a quarta dose. Não falaria com estranhos. Não beijaria o melhor amigo. Dispensaria a carona da amiga bêbada e chegaria inteira em casa. Ou faria tudo isso sem me arrepender. Porque a vida é curta demais pra ser desperdiçada.
:: roteiro
não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. eu não: quero uma verdade inventada. [clarice lispector]