Se conselho fosse bom... | |||||||
:: 9.9.05
Além de ter que aceitar que ainda não é o momento de realizar o sonho de ter um espaço só meu e com a minha cara, a idéia de conviver com tanta gente desconhecida assusta um pouco. No começo é tudo muito estranho. Mas eu acho que, aos poucos, eu vou me acostumando a essa nova fase e a todas as regras lá da casa da Dona Marilene. Afinal, elas são necessárias para quem vive em um espaço comum: cada moça tem suas coisas, seu espaço e sua privacidade -- dentro do possível. E nenhuma deve se preocupar com que é da outra, para evitar confusões e atritos. Sujou, limpe. Usou, guarde. Molhou, enxugue. Faça silêncio. Não deixe a toalha molhada no quarto. Nem deixe cabelos pelo chão. Não largue suas coisas pela casa. Não exagere nas compras para que as outras não fiquem sem espaço na geladeira. Não desperdice água e energia elétrica. Pensando bem, não é nada tão absurdo assim -- quem tem mãe já deve estar cansado de ouvir essas frases... Até agora, acho que o único inconveniente de morar lá é ter de estar em casa até a meia-noite, quando a porta é fechada com chave e com uma tranca daquelas enormes, como as de contos de fadas. Ninguém entra e ninguém sai até as 6 horas da manhã. Pelo menos não estou morando naquela outra casa em que a dona parecia a bruxa de João e Maria -- aí sim isso poderia ser um sério problema!
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