:: 6.4.06 Ooooommmmmmmmm...
Sempre achei que Yôga fosse uma técnica de alongamento e relaxamento, uma atividade super zen e tranqüila com alguns poucos movimentos de força e resistência. Mas nunca tinha chegado tão próxima dela.
Até que um belo dia recebo um e-mail explicando que "esta é uma prática que ajuda na correta respiração, melhora a circulação sangüínea, diminui o estresse e os problemas de insônia" e anunciando que o programa de qualidade de vida da empresa ia disponibilizar uma sala e uma mestre após o expediente e pagar 80% do valor das aulas.
Ok, está na hora de me mexer e, já que a oportunidade veio até mim, vamos lá. Improvisei uma camiseta e uma calça molinha, separei um par de meias e fui toda empolgada para a minha primeira aula.
Alongamento. Técnicas para inspirar e expirar com o abdome, o diafragma e o pulmão (aprendi que a gente só usa 10% da nossa capacidade pulmonar na respiração!!!). Aí todo mundo tem que respirar rápido fazendo barulho (como cachorrinhos) e eu não consigo parar de rir. E sentamos com as mãos postas. E agradecemos a Buda (ou a outro ser superior de que não me lembro). E começamos as posições. E eu me lembro que há tempos não faço alongamento. E minhas pernas começam a tremer. E meus braços não ficam no alto como deveriam. E eu não consigo respirar ao mesmo tempo em que mantenho uma das pernas coladas ao peito. E é impossível apoiar os joelhos nos cotovelos e me equilibrar somente com as mãos no chão. E enquanto isso eu suo mais do que quando treinava vôlei. E depois saio toda dolorida, nas pernas, nos braços, na barriga... mas adorei! Acho que nunca ri tanto na minha vida.
Não sei bem se eu é que estou totalmente despreparada ou se a mestre que pegou pesado. Mas aprendi que não sabia nada sobre a Yôga. E eu espero que com esse esforço todo algum resultado apareça logo no espelho... porque já deu pra perceber que pelo menos pra desestressar um pouco essas aulas vão servir. :: confessado às 12:11 | agora é sua vez []
:: se conselho fosse bom...
...não tiraria nunca o guarda-chuva da bolsa. Levaria um casaco pra não pegar friagem. Olharia para os dois lados antes de atravessar. Pensaria três vezes antes de fazer besteira. Não me interessaria pelo namorado da melhor amiga. Não iria à festa do ano sozinha. Não tomaria a quarta dose. Não falaria com estranhos. Não beijaria o melhor amigo. Dispensaria a carona da amiga bêbada e chegaria inteira em casa. Ou faria tudo isso sem me arrepender. Porque a vida é curta demais pra ser desperdiçada.
:: roteiro
não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. eu não: quero uma verdade inventada. [clarice lispector]