:: 11.12.05 Manifestação de burrice
São Paulo tem dessas coisas. Infelizmente.
De repente você chega na Paulista e está tudo entupido. Ou então tenta ir para casa, depois de um longo dia de trabalho e de uma mais longa aula e não consegue. Simplesmente porque algumas pessoas resolveram protestar. E, além de atrapalhar a vida dos outros, deixam claro o seu déficit de inteligência. Porque não é possível que esse pessoal engajado e filantropo realmente acredite que parar uma das mais importantes avenidas da cidade bem no horário de rush vai fazer com que o Lula resolva se redimir dos seus pecados. Ou então, que invadir ônibus e quebrar retrovisores faça com que o Alckmin decida voltar atrás na sua decisão de alterar a rota das transportadoras municipais. Protestando assim, só complicam a vida de quem não tem nada com isso.
Se conselho fosse bom, em vez de pixar os coletivos ou exibir faixas de protesto pelas ruas, poderiam pensar em alternativas inteligentes. Porque, se eu fosse o prefeito, me incomodaria muito mais não conseguir chegar ou sair de casa do que a notícia de que alguns vândalos quebraram ônibus que nem penso em usar. Pois então manifeste no caminho dele, faça com que ele se sinta incomodado. Já que o objetivo é conseguir alguma coisa realmente importante, que faça direito. Ou então, como bem dizem, entenda que muito ajuda quem não atrapalha. :: confessado às 15:17 | agora é sua vez []
:: se conselho fosse bom...
...não tiraria nunca o guarda-chuva da bolsa. Levaria um casaco pra não pegar friagem. Olharia para os dois lados antes de atravessar. Pensaria três vezes antes de fazer besteira. Não me interessaria pelo namorado da melhor amiga. Não iria à festa do ano sozinha. Não tomaria a quarta dose. Não falaria com estranhos. Não beijaria o melhor amigo. Dispensaria a carona da amiga bêbada e chegaria inteira em casa. Ou faria tudo isso sem me arrepender. Porque a vida é curta demais pra ser desperdiçada.
:: roteiro
não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. eu não: quero uma verdade inventada. [clarice lispector]