Se conselho fosse bom...

:: 5.10.05
Vivendo e aprendendo a jogar

"Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo mas aprendendo a jogar". Essas palavras vêm de longe e chegam aos meus ouvidos por entre os trovões que anunciam a chuva, passeiam pelos meus pensamentos e a impressão que eu tenho é que as pecinhas de um imenso quebra-cabeça vão se encaixando lenta e logicamente.

"Tudo tem seu momento, cada um tem seu lugar". Muitas vezes dei de ombros para quem me dirigia estas outras palavras. E esses dias que terminam sem que eu ao menos consiga me entender com minhas incertezas têm me ensinado que cada vez mais é preciso entender e aprender as regras desse jogo que é a vida. Compreender as estratégias de quem nos rodeia é quase que imprescindível. E, aos poucos, a menina tímida e observadora que ainda vive dentro de mim ajuda o meu pedacinho corajoso a me proteger das tempestades. É incrível como às vezes eu me vejo entre personagens e descubro que as frases e diálogos nem sempre são tão verdadeiros quanto eu acreditava serem.

A experiência de viver "desprotegida" e a necessidade de aprender a me virar sozinha em todas as situações têm me feito crescer de uma forma inexplicável e assustadora. Aos poucos, venho conseguindo controlar melhor meus impulsos e começo a entender melhor esses meus novos sentimentos. Algumas dúvidas ainda permanecem esquecidas num canto do meu cérebro por simples falta de tempo, mas é até bom que continuem adormecidas por enquanto. Porque me sentir mais forte e confiante mesmo nas muitas vezes em que não tenho para onde correr para me esconder tem me dado ânimo e força para continuar, até quando as coisas são mais difíceis do que eu imaginava. Mas tudo é aprendizado.

Degrauzinho por degrauzinho, vou construindo minha escada. Ainda não consegui estar tão perto das pessoas queridas, nem tudo é tão perfeito como eu imaginava, mas mesmo assim não tenho do que reclamar. Viver em São Paulo é tudo o que eu sempre quis e lutar por cada momento bom que tenho passado por aqui é compensador. Aos poucos, vou me adaptando às bruscas mudanças de plano, às alternativas e às oportunidades que aparecem pelo caminho. E, se meu amigo lá de cima continuar querendo, esse ainda é só o começo de uma longa aventura. Porque eu quero muito mais hoje e agora acredito que posso conseguir. Depende muito mais de mim do que de qualquer outra pessoa.


:: confessado às 19:19 | agora é sua vez []




:: se conselho fosse bom...
...não tiraria nunca o guarda-chuva da bolsa. Levaria um casaco pra não pegar friagem. Olharia para os dois lados antes de atravessar. Pensaria três vezes antes de fazer besteira. Não me interessaria pelo namorado da melhor amiga. Não iria à festa do ano sozinha. Não tomaria a quarta dose. Não falaria com estranhos. Não beijaria o melhor amigo. Dispensaria a carona da amiga bêbada e chegaria inteira em casa. Ou faria tudo isso sem me arrepender. Porque a vida é curta demais pra ser desperdiçada.


:: roteiro
não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. eu não: quero uma verdade inventada.
[clarice lispector]
  

:: trilha sonora



:: cenários
_fotolog
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:: outros personagens
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:: inspirações
_o2 neurônio
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_rabisco
_scream&yell
_tpm
  

:: já foi
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